
"A própria
razão é falível, e esta falibilidade deve encontrar um lugar em nossa
lógica." (Nicola Abbagnano)
Nicola Abbagnano (1901-1990) foi um destacado
filósofo existencialista italiano. Nasceu em Salerno, estudou em Nápoles e
lecionou em Turim. Sua “filosofia do possível” condena os outros
existencialistas quer por negarem as possibilidades humanas (porque todos os
nossos esforços são fúteis num universo hostil e sem sentido), quer por as
exagerarem, imaginando que podemos fazer coisas que, na verdade, estão além de
nossa capacidade. Em 1950 Abbagnano criou com Franco Ferrarotti os Quaderni
di filosofia. A partir de 1952, ao lado de Norberto Bobbio, dirigiu a Rivista
di filosofia.
No existencialismo, desvinculado das implicações negativas que ele observava
tanto em Heidegger e Jaspers, como em Sartre, no pragmatismo deweyano e no
neopositivismo, Abbagnano via as manifestações de um novo clima filosófico, a
que se referiu em um artigo de 1948 como um "novo iluminismo".
Logo após a 2ª Guerra Mundial foi co-fundador do Centro di studi metodologici
de Turim, constituído em 1947 com a finalidade de fomentar pesquisas sobre as
relações entre lógica, ciência, técnica e linguagem. Em pouco tempo, o Centro
tornou-se o principal núcleo de difusão da epistemologia, particularmente do
neopositivismo. Abbagnano definiu a própria filosofia como existencialismo
positivo.
Algumas de suas obras: Le sorgenti irrazionali del pensiero (1923); Il
problema dell'arte (1925); Il nuovo idealismo inglese e
americano (1927); La filosofía di E. Meyerson e la lógica
dell'identità (1929); Guglielmo d'Ockham (1931); La
nozione del tempo secondo Aristotele (1933); La física
nuova (1934); Introduzione all'esistenzialismo (1942); Storia
della filosofía, 12 vol. (1946-1950); Dizionario di filosofia (1961).
(1)
(1) https://pt.wikipedia.org/wiki/Nicola_Abbagnano
Complemento
A base do existencialismo está na discussão do possível. Para Sartre: "A
existência precede a essência". É a tese da impossibilidade do possível.
Ele retoma a fórmula de Lequier: "Fazer e, ao fazer, fazer-se". É a
expressão metafísica da crença na liberdade absoluta segundo a qual o ser vivo
e pensante faz a si mesmo tanto quanto lho permitem certas determinações já
tomadas. Além do exposto, Abbagnano acrescenta o grupo da necessidade do
possível e o grupo da possibilidade do possível.
De acordo com Abbagnano, o conceito de felicidade é humano e mundano. Em geral,
é um estado de satisfação devido à própria situação do mundo. Por essa relação
com a situação do mundo, a noção de felicidade difere da de beatitude a
qual é o ideal de uma satisfação independente da relação do homem com o mundo e
por isso limitada à esfera contemplativa ou religiosa.
O "Dicionário" Abbagnano é uma obra ampla e abrangente, indispensável
para estudantes e estudiosos da filosofia. É um dicionário filosófico que busca
o significado conceitual de cada termo, relacionando-o com os diferentes
contextos e sistemas filosóficos. Cada verbete também apresenta o termo em
grego, latim, inglês, francês e alemão.
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