"Um cérebro bem nutrido produz pensamentos robustos."
Para que o cérebro esteja
sempre leve, plástico e maleável, ele precisa de novidade, dificuldade,
regularidade e, também, de bons alimentos. Pense em algo rotineiro: que tipo de
sensação advém? Que tal coisa é simples; que somos levados a ajustar nosso
comportamento ao mais prático, àquilo que não exige muito esforço. A coisa
difícil requer mais tempo, mais dedicação do intelecto, do pensamento.
Sem uma boa dose de motivação, o cérebro tem
muita dificuldade de experimentar o novo. Como, porém, ter motivação, se nossas
emoções são negativas, se estamos cheios de ódio no coração? Urge renovarmos o
nosso interior, as nossas atitudes e os nossos comportamentos. Faltando
motivação, o cérebro enfraquece e estiola. O cérebro precisa de dificuldade,
mas não tão exagerada, porque pode se transformar em desânimo, que nos leva à
angústia e ao estresse.
Suponha uma pessoa tentando preparar
uma palestra, com informações excessivamente mais difíceis do que a sua
capacidade de expor. O que pode acontecer? Ele pode pesquisar, anotar dados e
dispor tudo numa transparência de PowerPoint. No fundo, entretanto, o assunto
não foi aclimatado em sua personalidade, em seu caráter. Procede como o
papagaio que recita o que os outros lhe disseram. O seu cérebro não está
recebendo a dose correta para o seu perfeito desenvolvimento.
O cérebro não tem necessidade de muita
informação. Para ele, o que vale é a justa
medida, aquela que fornece matéria prima para o seu dono, o espírito, se
expressar. O cérebro é um meio, uma ferramenta de trabalho, por onde o Espírito
se comunica, entra em contato com os demais seres humanos. Um cérebro oco, sem
conteúdo, comunicará nada mais do que a aquilo que possui em si mesmo, que são
os pensamentos superficiais, pensamentos fracos ou inautênticos, como diriam os
filósofos.
Se, mesmo com pouca informação, o
alimentarmos com dificuldade, com regularidade, ele vai se fortalecendo para,
em pouco tempo, produzir frutos a cento por um. Observe as pessoas de idade que
estão envoltas com atividades lúdicas, leitura, conversações, estudos e cursos.
Elas alimentam o cérebro e retardam o aparecimento dos problemas neurodegenerativos.
Ofereçamos sempre dificuldade ao nosso
cérebro. A resolução de problemas tem a sua compensação: felicidade de
percebermos que somos capazes de muitas coisas nesta vida.
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