"O que é
comunismo? É o seguinte: se você comeu o suficiente para matar a fome e ainda
assim sobra comida — ela pertence a outro homem." (A. R.
Murugados)
As primeiras
obras de Karl Marx (1818-1883), autor de O Capital (1867), receberam forte influência de Hegel,
ou mais precisamente, de sua dialética. A dialética de Hegel analisa a luta dos
opostos que, nas sínteses sucessivas, proporciona a evolução dos povos, das
pessoas e de tudo o mais.
O grande marco
de Marx assenta-se na sua teoria dos "meios de produção". Mas, o que
se entende por "meios de produção"? Os meios de produção dizem
respeito à matéria-prima, às máquinas, às instalações agrícolas, à organização
da força de trabalho etc. É a explicação de como as sociedades satisfazem as
necessidades da população. No capitalismo, por exemplo, os "meios de
produção" são propriedade privada de uma pequena elite.
Vejamos como
Marx entende esse problema à luz da história. Para ele, as sociedades
progrediram em virtude da luta de classes: primeiramente, o escravo se rebelou
contra o seu senhor; depois, o vassalo se insurgiu contra o senhor feudal. Na
época do capitalismo, o proletariado se rebelará contra a burguesia, pois o
trabalhador se tornou alienado, e perdeu o seu senso de identidade. A solução
será a implantação do comunismo.
Marx, Hegel e a
história. Para Hegel, a história está sujeita ao processo dialético, pois em
cada etapa do desenvolvimento haverá contradições e oposições de ideias,
levando a humanidade ao progresso. Para Marx, a dialética histórica aproxima-se
do materialismo e não do idealismo proposto por Hegel. Para Marx, há
necessidade da luta de classes; para Hegel, poder-se-ia falar de classes de
luta.
As ideias
perduram no tempo. Cabe-nos analisá-las e refletirmos sobre o seu alcance buscando
sempre a verdade que se encontra por detrás dos fatos.
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