"Marx acredita que a evolução
das sociedades humanas não era ilimitada." (Francis Fukuyama)
O que é a história? Ela acabará? Qual o
significado do termo "fim da história"? A história é um ramo do
conhecimento que registra e explica os fatos passados. Ela dá às pessoas a
oportunidade de vivenciar, não diretamente, eventos já esquecidos. John F. Kennedy,
presidente americano (1961-1963), dizia que a história não tem presente, apenas
o passado correndo para o futuro. Antes da invenção da escrita, a história era
oral. Em termos históricos, Heródoto (484-435 a.C.) é apontado como o
primeiro ser humano a criar uma obra histórica (as Histórias).
O termo "fim da história"
refere-se a uma proposição da filosofia política, segundo a qual a humanidade
já teria atingido o máximo de seu desenvolvimento econômico e social. Essa
apoteose se deu em função da democracia liberal ocidental.
O termo "fim da história" foi
cunhado, em 1989, por Francis Fukuyama, economista e cientista. Marx e Hegel há
haviam especulado sobre o fim da História. Marx achava que a história
terminaria no comunismo; Hegel, que a história terminaria num Estado
Liberal. A teoria ganhou nova vida quando Fukuyama, em 1989, expôs a sua teoria
num artigo intitulado "Fim da História?".
Os acontecimentos continuarão a
ocorrer. Mas a evolução substancial terminará quando todos os governos convergirem
para a democracia liberal ocidental. Essa teoria teve implicações importantes e
controversas, principalmente no tocante ao comunismo. Jacques Derrida
(1930-2004), filósofo francês, comparou a teoria a um "Novo
Evangelho" reforçando a escatologia cristã. Perry Anderson (n. 1938),
historiador britânico, por sua vez, afirma que as democracias liberais
ocidentais ainda estão repletas de pobreza, sofrimento e injustiça.
Lembremo-nos de que a história é uma
recuperação do ocorrido. Esses resgates estão fadados a ser parcial quando
projetado do ponto de vista contemporâneo. Acrescentemos também que cada
geração concebe seus precursores de uma nova perspectiva.
Fonte de Consulta
ARP, Robert (Editor). 1001
Ideias que Mudaram a Nossa Forma de Pensar. Tradução Andre Fiker, Ivo
Korytowski, Bruno Alexander, Paulo Polzonoff Jr e Pedro Jorgensen. Rio de
Janeiro: Sextante, 2014.
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