Há, pelo menos,
cinco conceitos fundamentais de verdade: 1) a verdade como correspondência,
2) a verdade como revelação, 3) a verdade como conformidade de uma regra,
4) a verdade como coerência, 5) a verdade como utilidade. A verdade como
correspondência enseja-nos uma reflexão sobre o aspecto epistemológico e o
moral. Em termos epistemológicos, a verdade é a adequação entre a inteligência
e a coisa, e se opõe ao erro. Em termos morais, a verdade é a adequação entre a
inteligência e sua expressão manifestativa e, nesse sentido, se opõe à mentira.
A noção de
"verdades eternas" pode ser remontada a Platão. Há elementos afins e
distintos: "noções comuns", "ideias inatas",
"axiomas", "fatos primitivos", "princípios
evidentes" etc. Todos esses elementos têm algo em comum: há uma série de
proposições, princípios que são inabaláveis, universais. As "verdades
primeiras", por exemplo, são enunciados considerados evidentes e
indemonstráveis. Exemplo: "O todo é maior que suas partes".
Comte-Sponville,
em seu Dicionário de Filosofia, argumenta que todas as verdades são eternas,
porque a verdade de hoje tem que ser a verdade de amanhã, pois se assim não for
deixaria de ser verdade hoje. Cita o seguinte exemplo: Há três árvores no
campo. Esta afirmação será verdadeira daqui a dez mil anos, muito embora as
árvores já não estejam no campo e o campo possa nem mais existir.
Na filosofia
escolástica, "verdades eternas" são os princípios que constituem as
leis absolutas dos seres, emanadas da vontade divina e que o homem pode
descobrir pelo pensamento. Observe que a expressão latina veritates aeternae evidencia a verdade que é garantida pela
Verdade, ou pela fonte de toda a verdade, isto é, Deus.
Nietzsche
declara que as verdades eternas (universais) não existem. Para ele, as palavras
que denotam os conceitos não fornecem descrições definidas, mas metafóricas
(arbitrárias). Um cachorro é um cachorro em virtude da palavra metafórica
cachorro que atribuímos ao conceito do animal.
Fonte de
Consulta
Dicionários e
Enciclopédias
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