“Seja a mudança que você deseja para o mundo.” Ghandi
De acordo com o filósofo Paul Virilio, estamos imersos em uma sociedade
em que o tempo é dado pelo computador. Antes, tínhamos
presente, passado e futuro. Nos tempos modernos, tudo é presente e instantâneo.
Aconteceu, virou manchete. Está sendo desencadeada uma guerra no outro lado do
mundo, o computador nos oferece a oportunidade de ter esta informação quase que
simultaneamente.
Em se tratando do tempo, há duas maneiras de vê-lo: objetivamente e
subjetivamente. O relógio registra o tempo objetivo, a marca das 24 horas. O
tempo subjetivo depende de nosso estado de espírito. Registremos apenas que ter
a impressão de que o tempo corre rapidamente não é uma ilusão, ainda que o
relógio diga o contrário: são duas verdades que temos de refletir e aprender
com elas.
O computador veio para liberar tempo, pois realiza os trabalhos
repetitivos que demandam muito tempo. Com isso, o ser humano poderia ficar mais
tempo com a família, parentes, vizinhos e os diversos tipos de lazer. O que foi
que aconteceu? O tempo se tornou escasso e multidividido. A maioria das pessoas
faz duas coisas ao mesmo tempo. Um exemplo: atende-se ao telefone enquanto se
digita no teclado.
Antes da vinda do computador, o ser humano usava outros meios para se
comunicar: cartas, telefone, fax etc. A relação com o tempo mudou de forma
radical. A comunicação se faz pelas redes sociais: o e-mail está sendo
substituído pelo Facebook. O problema que se apresenta: dificuldade de se
administrar o excesso de informação.
O uso excessivo da internet tem consequências graves: muitos alunos, em
sala de aula, estão com elevado déficit de atenção. Uma
Universidade dos Estados Unidos fez uma experiência com alguns alunos, que
quiseram servir de cobaia, ou seja, ficarem três dias sem celular e sem
computador. Resultado: passaram a sentir os mesmos sintomas dos dependes de
drogas: ânsia de vômito, febre, convulsões.
Saibamos usar o computador. Evitemos, porém,
a INTOXICAÇÃO DA INTERNET.
Fonte de Consulta
LENOIR, Frédéric. A Cura do Mundo.
Tradução Nicolás Campanário. São Paulo: Loyola, 2014.
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