John Stuart Mill,
filósofo, lógico e economista britânico, é
um pensador que pode nos ajudar a estabelecer em que circunstâncias devemos ou não dizer a verdade. No caso em voga, está a preocupação
com a diplomacia e a necessidade de honestidade.
Em
sua obra Utilitarismo, de 1863, John
Stuart Mill expressa seu parecer sobre a importância
da verdade nas relações humanas. Ele se baseia em seu conceito de "utilidade", ou seja, o que é mais útil, mais benéfico
para a maioria, afirmando que a mentira enfraquece a confiança. Quando mentimos, tornamos as palavras mais
frágeis, tendo como consequência relações
mais precárias com as pessoas.
Para
Mill, mentir é ameaçar o bem-estar social, é prejudicar a implantação da felicidade, ou seja, é criar barreiras para a confiança recíproca
entre os indivíduos. Por outro lado,
contar a verdade aumenta a confiança,
amplificando a felicidade entre os indivíduos.
Lembremo-nos
de que a moralidade de Mill tem muito a ver com a vivência, a experiência.
Nesse sentido, o que é útil para a felicidade de todos os homens é moral. A mentira quebra essa confiança, e por isso é
inútil e imoral.
Há, para Mill, casos extremos em que se pode
mentir: a situação em que devemos
omitir a verdade, para não revelar o paradeiro
de um amigo procurado por um malfeitor ou aquela em que alguém mente a uma pessoa com uma doença grave.
Em síntese:
O que é útil é o que traz mais felicidade para a sociedade.
Dizer a verdade é útil porque aumenta a confiança entre as pessoas. E a confiança é uma das bases da felicidade na sociedade.
Mentir prejudica a felicidade, exceto em algumas exceções, nas quais só a mentira pode preservar uma pessoa. É essencial medir bem as palavras.
ROBERT, Marie. Não sabe o que fazer? Pergunte aos filósofos! [livro eletrônico]. Tradução de Karina Barbosa dos Santos. São Paulo: Planeta do Brasil, 2021.
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