Bergson afirma que o trabalho é doloroso e cansativo, mas o esforço despendido é
muito valioso, talvez mais valioso que o sucesso, os agradecimentos ou os
elogios. Por quê? Graças ao trabalho, acabamos nos elevando acima
de nós mesmos, encontrando
recursos inesperados de que nem suspeitávamos.
Sem as dificuldades, a superação não
seria possível. Vencer as
dificuldades não é se livrar das coisas que nos incomodam, mas enfrentá-las de bom ânimo,
ou seja, buscar dentro de nós mesmos
aqueles recursos esquecidos da criatividade.
Bergson incita-nos a perceber a beleza dos obstáculos. A felicidade não reside apenas no fato de vencer uma
dificuldade, mas no orgulho de termos criado algo, de sermos uteis à sociedade em que vivemos. A riqueza tem sua importância, mas a criação de algo supera-a infinitamente.
A razão
de nossa vida fundamenta-se em criar, fazer surgir alguma coisa que nunca existiu.
“Por meio do trabalho,
ampliamos nossa personalidade, aumentamos o esforço,
triunfamos e, no final, além de criar uma
sociedade, criamos a nós mesmos, porque
moldamos nossa personalidade”.
Em
síntese:
O esforço
é doloroso, mas nos
permite alcançar a alegria, é graças
a ele que nos superamos.
A criação
é a razão de ser da vida. Na criação, todos os esforços se justificam.
Trabalhando, criamos a nós mesmos, descobrimos a nós mesmos e, assim, temos acesso à nossa própria
felicidade.
Fonte de Consulta
ROBERT,
Marie. Não
sabe o que fazer? Pergunte aos filósofos! [livro
eletrônico]. Tradução de Karina Barbosa dos Santos. São Paulo: Planeta do
Brasil, 2021.
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