Teologia. Vem de “Θεός” palavra
grega que significa "Deus", e “λόγος”, logia (estudo
de). Significa o estudo sistemático e racional da religião e suas influências.
Diz-se, também, Ciência da religião, das coisas divinas. Esta palavra passou,
por simples transposição, do grego e do latim para as línguas modernas. A
partir do século XII, ela se fixou, nas escolas católicas, com o sentido atual:
disciplina em que se encontram interpretadas, elaboradas e ordenadas num corpo
de conhecimentos, a partir da Revelação e à sua luz, as verdades da religião
cristã.
Na Grécia antiga, o
termo "teologia" assumiu três significados: 1) mitológico (discurso entre o mito e o logos); 2) filosófico-cosmológico (a partir de
Aristóteles, a teologia seria a “filosofia primeira” ou metafísica); cultual público
(o que se diz dos deuses no culto oficial).
Em termos cristãos,
Agostinho de Hipona (354-430) foi o primeiro teólogo latino a estudar o
assunto. Seus escritos sobre o livre-arbítrio e o pecado original tiveram
grande influência na cristandade ocidental. Para ele, o equivalente latino,
teologia, é o "raciocínio ou discussão a respeito da Divindade".
Alberto Magno (1193/1206-1280), padroeiro dos teólogos católicos romanos,
exerceu grande influência, pois afirma que há uma interconexão de saberes filosóficos,
etnográficos, históricos, espirituais etc., para ajudar a compreender qualquer
tema religioso. S. Tomás também teve a sua participação. Para ele, a teologia é
uma consideração das verdades, feita de modo racional e científico, tendente a
proporcionar ao espírito do homem crente certa inteligência dessas verdades.
Na alta Idade
Média, predominava o lema philosophia ancilla theologiae, ou seja, a
filosofia era tratada como serva da teologia. Sendo a teologia a "Rainha
das Ciências", todas as outras ciências, tais como, a psicologia e a
filosofia, existiam apenas para ajudar o pensamento teológico. Observe os
debates intermináveis na época da Escolástica.
Presentemente, a
teologia abrange a dogmática (que define e demonstra as verdades a
crer), a ascética (que descreve as paixões, os vícios e as virtude que
se coadunam com os preceitos evangélicos), a mística (que expõe o modo
como a alma se une a Deus), a positiva (que se consagra ao testemunho
direto das Escrituras dos Padres e dos concílios), a escolástica (que se
reduz ao sistema científico da fé, aplicando-lhes a razão filosófica); a litúrgica
(que explica as fórmulas de orações e as cerimônias do culto) e a paranética
(que se ocupa das prédicas).
Na filosofia,
temos: 1) teologia filosófica, ou seja, a teologia racional ou natural, Ciência
de Deus à luz natural da razão. Parte da metafísica que estuda a existência e
os atributos de Deus na sua qualidade de ser Absoluto e Infinito. 2) Bunge, em
seu Dicionário de Filosofia, acha que por não haver outros materiais
além dos da compatibilidade com as escrituras canônicas, e como qualquer texto
não científico pode ser interpretado de maneiras alternativas, há mais
teologias do que religiões.
Teologia e
espiritualidade. Antes, os santos costumavam ser teólogos e os teólogos
costumavam ser santos. A teologia sem espiritualidade é vazia, espiritualidade
sem teologia é cega. Nas palavras de Albert Einstein: “A religião sem a ciência é cega, e a ciência sem
religião é manca.
Fonte de Consulta
Dicionários e Enciclopédias
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