26 maio 2025

Habermas, Jürgen

Jürgen Habermas (1929-), filósofo e sociólogo alemão que participa da tradição da teoria crítica e do pragmatismo, cresceu na Alemanha sob o regime nazista. Sua percepção de que "estávamos vivendo em um sistema criminoso" teria, após os julgamentos de Nuremberg (1945-46), um efeito duradouro em sua filosofia.

Ao completar seu doutorado em 1954, estudou com membros da Escola de Frankfurt, incluindo Max Horkheimer e Theodor Adorno.

Nas décadas de 1960 e 1970, deu palestras em universidades em Bonn e Gotinga. Em 1982, tornou-se professor de filosofia na Universidade de Frankfurt, onde lecionou até a aposentadoria, em 1993.

Resumo de seu pensamento: As tradições da sociedade não estão necessariamente entre os maiores interesses dos indivíduos. ==> Os indivíduos precisam ser capazes de questionar e mudar essas tradições. ==> Eles podem fazer isso por meio da razão comunicativa na esfera pública, o que... ==> ... constrói o consenso ... ocasiona a mudança ... fortalece a sociedade. ==> A sociedade é dependente da crítica às suas próprias tradições.

Nas décadas de 1960 e 1970, Habermas concluiu que havia uma ligação entre a razão comunicativa e o que ele chamou de "esfera pública". Até o século XVIII, o controle do Estado era muito intenso sobre as atividades de um modo geral. A partir daí, com o surgimento de salões literários e cafés, os indivíduos puderam se reunir e questionar as ações governamentais. Essa esfera pública possibilita reconhecer interesses comuns em outros indivíduos. Habermas acreditava que a ampliação da esfera pública ajudou a desencadear a Revolução Francesa em 1789.

Obras-chave: Mudança estrutural da esfera pública (1962), Teoria da ação comunicativa (1981), O discurso filosófico da modernidade (1985), Entre naturalismo e religião (2005)

Fonte de Consulta

O Livro da Filosofia. Tradução Rosemarie Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011.

 

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