Richard Rorty (1931-2007) foi um filósofo
pragmatista estadunidense. Nasceu em Nova York, Estados Unidos. Seus pais eram
ativistas políticos e Rorty passou seus primeiros anos lendo sobre Leon
Trotsky, o revolucionário russo.
Aos doze anos de idade, ele disse que já sabia que "a questão do ser humano
era passar a vida lutando contra a injustiça social". Começou cedo, aos
quinze anos, a frequentar a Universidade de Chicago, prosseguindo até um
doutorado em Yale, em 1956.
Serviu o exército por dois anos, antes de se tornar um
palestrante. Escreveu sua obra mais importante, A filosofia e o espelho da natureza, quando era professor de
filosofia em Princeton. Produziu textos em filosofia, literatura e política e,
de maneira insólita para um filósofo do século XX, aproximava-se tanto da tradição analítica quanto da europeia continental.
Morreu de câncer aos 75 anos.
Resumo de seu pensamento: Quando dizemos "sei do fundo do coração que é errado..."
==> ...admitimos que há uma verdade
eterna em relação ao erro. Mas não podemos encontrar quaisquer verdades
eternas em relação à ética. ==>...admitimos que o conhecimento que temos é
um conhecimento certo. Mas
conhecimento absolutamente certo sobre as coisas não é possível. ==> O que
conhecemos é uma questão de conversação
e prática social. ==> Não há nada
em nosso íntimo, exceto o que nós mesmos colocamos lá.
A tendência para retratar a nós mesmos
possuindo um tipo de "duplo — uma alma ou um "eu" profundo que
"usa a própria linguagem da Realidade" — foi explorada pelo filósofo
norte-americano Richard Rorty na introdução de Consequências do pragmatismo (1982). Rorty argumentou que, na medida em que temos tal coisa, a alma é uma invenção humana — é algo que
nós mesmos colocamos lá.
Rorty foi um filósofo que trabalhou
dentro da tradição americana do pragmatismo. Ao considerar uma afirmação, a
maioria das tradições filosóficas pergunta "isso é verdadeiro?", no
sentido de "isso representa corretamente o modo como são as coisas?".
Já o pragmático considera as afirmações de modo diferente, perguntando:
"quais são as implicações práticas de aceitar isso como verdadeiro?"
Obras-chave: A filosofia
e o espelho da natureza (1979); Contingência,
Ironia e solidariedade (1989); Achieving
our country (1998); Filosofia e
esperança social (2001)
Fonte de Consulta
O Livro da Filosofia. Tradução Rosemarie
Ziegelmaier. São Paulo: Globo, 2011.
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