02 dezembro 2021

Fédon

Observação: este diálogo não pertence à “fase socrática” de Platão. Platão usava a imagem do mestre para divulgar as suas próprias ideias. Exemplo: “aprender nada mais é que recordar", referindo à sua Teoria das Ideias. 

Fédon ou Fedão é um dos grandes diálogos de Platão de seu período médio, juntamente com a A República e O Banquete. Fédon é o quarto e último diálogo de Platão: retrata a morte de Sócrates e detalha os últimos dias do filósofo depois da obras Eutífron, Apologia de Sócrates e Críton. Diz respeito à imortalidade da alma.

Este diálogo, contendo 66 itens, inicia-se da seguinte forma: Equécrates pede notícias a Fédon sobre os últimos dias de Sócrates. Fédon explica que um atraso ocorreu entre o julgamento e a morte, e descreve a cena em uma prisão em Atenas no final do dia, nomeando os presentes.

Sócrates fora preso e condenado à morte por não acreditar nos deuses do Estado e de supostamente corromper a juventude. Neste diálogo, Sócrates discute a natureza da vida após a morte em seu último dia antes de beber cicuta.

Fédon de Elis, um dos alunos de Sócrates, que esteve presente no leito de morte de Sócrates, relata o diálogo para Equécrates, um filósofo de Pitágoras. Sócrates fala para um grupo de amigos, entre eles os tebanos Cebes e Símias. Na ocasião, Sócrates explora os vários argumentos a favor da imortalidade da alma.

Mensagem principal de Sócrates: que a morte é uma escolha, já em vida, de quem é filósofo: "o exercício próprio dos filósofos não é precisamente libertar a alma e afastá-la do corpo?".

 

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